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terça-feira, 21 de junho de 2011

E Quando...

Será que foi magia ou bruxaria...

Não que eu tenha fé nessas coisas, mas, como já as pratiquei de maneira inofensiva, sei que existem.

E quando isso aconteceu e por que aconteceu?

Ah, doces perguntas que nunca serão respondidas...

Por que ainda me machuco, por que ainda rememoro cinzas adormecidas. Ah, os famosos porquês da vida...

Por que magoar, mentir, fingir, querer, poder, brincar, ignorar, amar... E por fim se machucar.

Senti na pele o feito há anos atrás, porém, com uma dor ainda maior. A lei tríplice em doses cavalares e não homeopáticas entaladas na garganta que segura o vômito do abalo.

Sinceridade para quê? Alguém pode tentar me explicar. O que é ser correto, ético e os blá blá blá?

Talvez no dia em que acabar o rancor, a inveja, o escuro mórbido, as preocupações, o medo...

Talvez ai... Nesse dia... Tudo volte a ser como antes... Qual antes? Qual durante? Qual depois?

Minhas sinceras e amargas desculpas... Amado doce pensamento imundo...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Hey, Papai Noel. A Culpa nem sempre é da Tecnologia

A moda, já há um bom tempo, é culpar os meios de comunicação, principalmente a programação da televisão, pela alienação e perdas de valores da população brasileira, sejam eles éticos ou culturais. Será mesmo? Creio que não.

Foi-se o tempo das rodas de conversas e das boas horas perdidas com as prosas, no centro da cidade, que tinham os mais diversos assuntos. Sim, o tempo mudou, e a vida cotidiana se acelerou. E para retornar a este passado, não tão longínquo, é literalmente preciso de um apagão.

Atualmente, uma boa parcela da população não conhece seus próprios vizinhos e os diálogos com os ditos amigos são, na maioria das vezes, virtuais. A contemporaneidade nos faz isso, as tecnologias ajudam, porém, não são culpadas ou as causadoras de todo mal. São apenas companheiras que devem ser usadas com parcimônia.

Oh, doce saudosismo, do olho no olho, das discussões e das risadas recíprocas vivenciadas lado a lado. Saudade de ser criança, de poder correr descalço pela rua e de ser chamado pelo nome por todos os vizinhos do bairro. É verdade, meu caríssimo e respeitado poeta, Casimiro de Abreu, também sinto falta da aurora da minha vida, da minha infância querida, que os anos não trazem mais! E olha que não sou tão ancião assim. Dizem que é a modernidade.

O tempo não para, já dizia o “poeta”. E talvez, trocar o presente de natal por certo programa de televisão, não seja alienação ou imposição de determinado meio de comunicação. E sim, uma transformação, em que se apaga o fator religioso e aflora o científico. No qual os antigos símbolos são deixados de lado para dar espaço a novos. E aquelas longas conversas noturnas das soleiras das portas ficam apenas na doce lembrança dos que puderam aproveitar e vivenciar essa prática e dos futuros estudiosos que desejam registrar um comportamento que, cada vez mais, ficará adormecido.