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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Cansado!

Eu nunca fui uma pessoa 100% alegre. Apesar de eu ser conhecido por essa característica. Apenas aprendi a me moldar. Resolvi aceitar a música e realmente descobri “que é melhor ser alegre do que triste”.

Entretanto, neste ano de 2014, as coisas não estão sendo tranquilas. Já se passaram quatro meses completos e eu posso contar nos dedos a quantidade de dias em que realmente eu me senti bem.

Às vezes, eu me sinto ridículo em estar assim, afinal, já realizei a maioria dos sonhos que tinha em mente quando era mais novo. Faculdade, emprego público, amigos verdadeiros, viagens etc. Porém, realmente há um fator que ainda não consegui realizar, mas que não depende de mim.

Esse está relacionado ao afeto. Por vezes, eu ouço o discurso moralista de que as pessoas buscam pessoas além do padrão de beleza hollywoodiana que a mídia impõe. Dizem que caráter, bom-humor, honestidade e inteligência são os fatores primordiais para um relacionamento. BESTEIRA!!!

Nas relações sociais em que vivemos hoje, os relacionamentos se transformam em meras convenções sociais, no qual, se namora para mostrar ao próximo o quanto sou bom e o quanto estou bem e feliz. E nisso, os verdadeiros sentimentos se perdem. Ora! Se for para mostrar, tem-se que elevar o padrão estético e o fenótipo do ser. E quem “dança”? Claro, que eu, Pois, nunca tive e nem quero ter o rosto e o corpo de protagonistas de TV.

Em meio a isso, vem a frustração de saber que, apesar de haver pessoas nessa mesma situação, elas preferem sofrer a se arriscar em serem felizes.   Talvez, eu seja uma delas, em saber que a minha beleza atrai pessoas mais velhas, de elas correrem atrás de mim e eu correr delas. Um eterno fogo cruzado de maratonistas.


Bem, vou volta a escrever, pois assim, talvez a angustia que me cerca, sai correndo de vez...  

terça-feira, 13 de maio de 2014

A liberdade de ser (in)feliz

Prezado Joel Hallow,

Eu, como especialista, não irei te receitar remédios do tipo tarja preta. Isso, evidentemente, pelo fato de você não os precisar. Tu não estás doente, não precisas de um CID, de um diagnóstico. Estás apenas triste. E, eu, como detentora da rubrica médica, te dou a permissão para se sentir assim (melancólico).

A infelicidade não é algo ruim, não é para ser amenizada com comprimidos enriquecedores de indústrias farmacêuticas. Ela é para ser degustada, igualmente a um bom vinho importado em noite de inverno. Pode parecer loucura da minha parte (eu também não tomo as ditas pílulas, para deixar claro), mas quem disser ao contrário é porque assistiu telenovelas demais. A tristeza faz parte do ser e é essencial à vida, assim como, a água e o oxigênio.

Não queiras ir à balada após ser demitido, não queiras dar uma festa após ter perdido um ente querido, não queiras esconder os teus sentimentos de afeto, indo ao teatro, após ver o “amor da tua vida” beijar um outrem. Não queiras ser feliz quando tens motivos aos montes para ser infeliz.

Deguste a tristeza. Trabalhe consigo e para si a dor da angustia. Tome o suco de maça, que sei que tens na geladeira. Durma a quantidade de horas prevista. Leia o famoso livro "infantil" que está na estante do teu guarda-roupa. Enfim, reformule o teu cotidiano. 

Seja o infeliz mais consciente que possas ser. Eu te dou essa liberdade, não se prenda a "Ditadura da Felicidade".