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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Mas, o que eu posso fazer?

    Não entendo absolutamente nada de relacionamentos... Nunca tive um que durasse três meses, e você vem cheia de razão querendo que eu ajude no teu?

   Péra! Vamos conversar, eu sou um bom ouvinte. Aproveite o momento, pois, estou de bom-humor e ouvindo Lana Del Rey. Minha vida neste ano de 2013 está sendo recheada de boas notícias e espero que seja igual para você.

   Somente iremos nos apaixonar de verdade por uma pessoa quando aprendermos a nos amar. Por mais que eu odeie minhas orelhas e meus cabelos, aprendi a amar minhas longas pernas e até a minha voz está me agradando ultimamente, inclusive com recebimento de elogios.

   Que tal tentar praticar o mesmo?

   Ah o amor... O chamado amor... Quando vivemos mais para os outros que para nós mesmos, algo anda errado. Por que será? Imposição social!?! Fala da velha tia moralista que sempre que te vê diz: “ainda solteira? Irás morrer sozinha!”. Se for para ser feliz! Sim. Morra sozinha...

   Mas, jamais irás morrer sozinha se conseguires manter os amigos que cativasses! Achei que Saint-Exupéry já tinha te ensinado isso. Cadê as rosas, você é rosa! A rosa, a raposa?

   Lembras? Foi você que, em uma noite de luar, apresentou-me a elas. Assim como, eu te apresentei o bairro em que me criei.


   Força, fé e foco. Eu te amo, amiga.

terça-feira, 23 de julho de 2013

M’bya Guarani

     Ocas, sem roupas, cachimbo da paz às mãos, rostos pintados, ao redor da fogueira a dança que pede chuva. Talvez, esses sejam os atributos que muitos relacionam aos indígenas. Talvez, a mesma visão, que os colonizadores tinham há séculos ainda permeie na contemporaneidade. Deixa-se de ser índio ao usar celular e vestir roupas? Se for à universidade e comprar alimentos em supermercados? Com certeza, não. Índios são aqueles que mantêm a cultura indígena viva, que mantem as tradições repassadas de geração a geração. Que vivem em harmonia com os ensinamentos que acreditam.
                
     Mas, como relacionar uma aldeia indígena com o objetivo proposto – o patrimônio cultural? A resposta não é tão simples, mas ao mesmo tempo, em partes, foi respondida. A conservação da cultura. Esta permanência cultural é o maior patrimônio que uma sociedade/grupo pode ter, no caso, a Guarani.

     As práticas que exercem, seja na educação ou medicina, os locais de culto e adoração, a floresta e a preservação dos costumes, o artesanato e o saber-fazer. A sociedade que se reconhece e não tem vergonha de manter as tradições. E, principalmente, a preservação do meio, da Garapuvu, das técnicas e ensinamentos. Esses pontos é o que liga a aldeia ao conceito de patrimônio cultural que convencionamos na atualidade.

     Em conclusão, os indígenas da aldeia M’bya Guarani utilizam roupas, utensílios e demais objetos do “homem branco”, isso porque, eles não são primitivos, são indígenas inseridos na realidade contemporânea dos ditos homens brancos, afinal, quem nos dias de hoje aceitaria os Guarani caminhando nus pelo centro da cidade? Seria um choque, principalmente aos mais “preservadores dos bons costumes”. Enfim, de uma maneira peculiar, os indígenas da aldeia são patrimônio cultural.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Ciúmes

É tão triste ver as amizades terminarem por ciúmes. Sentimento esse, gerado por motivos diversos, em ambientes diferentes. Seja no grupo familiar, escolar ou do trabalho. Creio que esses três lugares são aonde frequentemente o ciúme chega com maior vigor.

Talvez seja nato, pois, é normal sentir ciúmes do irmão mais novo. Ciúmes do novato que chegou ontem ao serviço e já é bem visto pelo patrão. Ciúmes do garoto que chega todos os dias atrasado na aula e somente tira dez nas avaliações.

E quando esse ciúme se transforma em algo perverso? Não que o sentimento seja uns dos melhores, mas, quando brando não faz mal a ninguém, o problema realmente começa quando o sentimento de rancor é fortalecido e motivado pelo dito ciúme.

As brigas de irmãos, no qual a culpa recai sobre o mais novo. As fofocas ao patrão do novato que chegou milésimos de segundo atrasado, que precisou sair mais cedo para um compromisso inadiável, que faltou uma única vez por problemas sérios de saúde. O olhar de ira ao colega que foi chamado para um projeto de pesquisa pelo melhor professor da faculdade.

O que era motivo de risos outrora, agora é razão para cochichos. As confidências tornam-se segredos. O precioso carinho virou ódio. A gentileza do bom dia passou ao desrespeito.

Sendo a amargura do enciumado o fluído para sua vida. Quem perde?


Infelizmente, todos os envolvidos. 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

... e os amigos em comum


Então você conhece alguém novo, e como as amizades, hoje, tornam-se mais virtuais que carnais, logo as redes sociais entram em cena. E nada mais justo que dar uma pesquisada no perfil do recém-adicionado e novo amigo.

Pesquisa vai, pesquisa vem e não podemos deixar de observar aquela linda foto do perfil que demorou 10 horas e 500 flash’s para ser produzida... Os lugares visitados, as baladas, os sorrisos de alegria, as frases clichês de poetas e de pessoas desconhecidas, os plágios a autores famosos, as infernais fotos de comida, a defesa infundamentada aos animais e para finalizar a glória ao senhor G-zuis Cristo... Pronto primeira fase concluída.

Se ultrapassada essa fase e o interesse continuar é hora da segunda etapa. A conversa no chat. Esse próximo passo serve para duas coisas, descobrir se o novo amigo não escreve “concerteza, seje ou menas” e claro para saber as intensões do futuro sei lá o quê.

Mas, como iniciar a conversa sem dar muito na cara? Falar sobre o tempo? Com certeza, não. Isso é coisa dos anos 1970 e quando ambos olhavam para o céu. Falar sobre... sobre... Tem que ser algo contemporâneo, assim como, as redes sociais que nos uniram. Já sei! os amigos em comum. Sorriso no rosto e...

- Oi Fulano, tudo bem?

Seis horas depois.

- Td e com vc?

Puta que Pariu... 2013 e as pessoas ainda continuam abreviando as palavras, isso tinha motivo quando o computador era novidade e as pessoas estavam aprendendo a digitar e ficavam 30 minutos “catando” as letras no teclado, ou quando os celulares eram alfanuméricos. Mas, hoje qualquer embrião já sabe digitar bem rapidinho e os telefones são todos em teclados Qwert. Não há mais motivos para abreviações... E caralho, seis horas de demora e ainda responde “comendo” letras. Aff...

- Que bom, eu estou bem também, felizmente.
Eu sempre respondo assim, não importa se eu esteja tendo um enfarto ou esteja realmente bem.
- e as novidades?

- nenhuma e vc?

- também nada...

Eu posso ter feito um milhão de coisas novas, mas eu não sei o motivo, mas sempre acho que isso não é novidade, até porque eu vivo fazendo um milhão de coisas sempre e sempre esqueço que as fiz.

Essas primeiras conversas são sempre um tédio, até porque não se tem nada para comentar, afinal ambos não sabem nada um do outro... ou seja, irão conversar sobre o quê? Ah sim! os amigos em comum, já iria me esquecendo.

- Então, eu vi que você também é amigo da Wanessa Camargo.

- Quem?

- A Wanessa, olha o link do facebook dela...

Sim, eu escrevo e falo facebokk e detesto que o chamem de “face”, não tenho intimidade nenhuma com o Zuckerberg e aposto que, assim como eu, ele também deve detestar esses apelidos que colocam na gente ou em nossos filhos.

- Ah... não conheço ela não.

Oi? Como assim não conhece?

- Mas, ela está no seu facebook!

- humm... não conheço não, quem é ela?

Ok! Para falar a verdade também não conheço essa cadela, é que sabe como é, né... ando por tantos lugares que as pessoas me conhecem e me adicionam e como eu tenho esse sério problema com memória acabo aceitando para não parecer antissocial.

- É! Eu também não conheço, para falar a verdade. Por isso estou te perguntando, ela me adicionou faz um tempo, mas nunca falou comigo e eu não a reconheço pelas fotos.

- pois é... vou indo nessa. Tchau...

- Tchau!

É, nem sempre conversar sobre os amigos em comum é algo animador. Acho que deveria existir uma rede social que tenha a opção de marcar quem são nossos inimigos ou as pessoas de quem não gostamos, mesmo que não há conhecemos. Sim, eu estaria com várias marcações. Mas, cá entre nós, é sempre mais animador conversar sobre uma pessoa que não gostamos o papo sempre flui melhor quando podemos alfinetar certas pessoas. =)

domingo, 31 de março de 2013

Ontem eu fui à balada


Sexta-feira à noite, computador, séries prediletas baixas, copo de café e a certeza de mais uma noite comum. De repente, a janelinha com o barulhinho irritante do facebook pula pedindo atenção.

- Joel, tudo bem?

- Oi anjo, tudo tranquilo, felizmente. E com você?
Sim, se você já conversou comigo provavelmente já terá lido a frase supracitada. E a minha citação pronta e predileta.

- Estou mal!

Ai meu G-zuis, pensei, lá vem mais um desabafo carente de sexta-feira, à noite: Meus pais não me compreendem, meu namorado está me ignorando, meu namoro está indo para o “beleléu”, meus amigos somente me procuram quando precisam de mim etc.

Voilà.  Dessa vez era a dos amigos! - Quero ir para balada e nenhum dos meus amigos quer ir! Vamos?

Oi?

Sim, ok! Eu já estou acostumado a ser a última opção em tudo. Mas, no fundo, nem me importo mais com isso. Quando meus amigos não podem ou não querem, eu vou só, eu vou só, eu vou só. E, além do mais, sou parceiro para qualquer tipo de “saidinha”: “Joel! Vamos fazer trilha?” – Sim, adoro. “Joel! Estás a fim de acampar?” – Mas, é claro. “Comparsa! Vamos, amanhã, para Belo Horizonte?” – Sim, sim, sim.

- Vamos?

Dou uma olhada nas opções, e como sempre, um “sim” vem.

Tudo pronto. Vamos à balada. Justamente naquela que todo mundo torce o nariz, diz que é fim de carreira. Mas, ele queria e eu era acompanhante de divertimento, então, tudo beleza.

Chegando ao local. O velho dito, em partes, confirmou-se. Eram seis saindo de dentro do táxi “das Palhoca”, gente chegando de moto CG 125, eram mais meia dúzia de gatos pingados... Mas, tudo bem. Viemos para nos divertir! Viemos? Acho que alguém se esqueceu de me comunicar. Ahhh!!! Serei verdadeiro, eu me divertir, sim.

Entramos, compramos fichas para bebidas. Chego ao balcão e o garçom (atendente, barman – sei lá como se chama) me disse: - É teu dia de sorte, pois, está é a última Heineken.

Oi?

Dia? Última cerveja? Sorte? Oiiii?

Sento com meu amigo e não dá um minuto e vem um argentino e senta ao lado dele e puxa papo. Os garçons (atendentes, barmans – já expliquei, né?) olham para mim e riem. Eu olho com a minha expressão facial de “Oi, como assim?”. Mas, tudo bem, somos amigos e argentinos são sem noção...

Mas, tudo que é super animador pode piorar... Principalmente quando você está em um ambiente que tenha argentinos e outros tipinhos de gente.

As “porteiras” do piso superior se abrem. DJ aumenta o som, todas se enlouquecem dançando. Ok, o DJ era uma porcaria, péssimo, com músicas irritantes e sem alma, mas todos realmente dançavam, até porque era o que nos restava. A decoração do lugar era em ritmo “virada do ano” eca. Plaquinhas brancas anunciando 2013 penduradas, panos brancos, borboleta branca, algo parecido com um lustre branco. Tudo branco, eu nunca entendi essa fixação por branco na virada do ano. Renovação? Paz? Oi? Mas, tudo bem.

Quando cheguei vi um moço parado, encostado na parede. Falei para o meu amigo: - Que dó dele, sozinho. Mas, uhulll, a festa está só começando. Vamos dançar.

Não deu cinco minutos e lá vem o argentino. Não deu 10 minutos e veio um garoto e beijou o meu amigo. Sai correndo pelo meio do salão rumo às escadas. Desci e fui ao banheiro. Meu amigo me encontra e diz: - Porque você saiu correndo? Todos acharam que você é meu namorado e estou te traindo! Eu ri demais, com isso. Mas, estava apurado para ir ao banheiro. Tive que sair correndo. Tente imaginar eu correndo no meio da balada. Sim, cena para minutos de risadas altas.

De volta à balada, meu amigo pegou mais uns seis – eu parei de contar depois do sexto – tive que beber Bohemia, dancei igual a um grilo porque minha canela direita ardia. De volta para o banheiro.

Quando passei no corredor rumo ao sanitário. O grupinho, ali aglomerado, começou a rir de mim e me chamar de Lady. Ok! Não é todo dia que eles podem observar uma pessoa alta, magra, de xadrez e calça jeans Skinny.  Então, isso foi o de menos. Até porque se juntar o índice de QI dos três ali presentes, provavelmente seria inferior a de um camelo.

Na volta sentei, com meu amigo, e observei, enfim, uma pessoa bonita. Fiquei feliz, até olhar para os pés dele e ver que ele usava um sapato igual ao da minha mãe. Oi? Sim, extremamente broxante, eu sei.

De volta a pista, eu nem sabia mais onde estava. Queria somente dançar e nada mais. Um menino ficou dançando igual a um gafanhoto na minha frente, eu não dei bola. Deu um minuto e..., não, não, meu amigo não o beijou. Mas, sim outro garoto e outro. Aiiiii... Eles meio que estavam fazendo um ménage à trois na minha frente... Ah!!!!

Meu amigo volta para saber como eu estava. Mas, antes disso, beija outro garoto (que parecei o homem aranha [Tobey Maguire]  – ok estava escuro e eu bêbado, mas foi a imagem que ficou na minha cabeça ). Apesar da canela direita ardendo eu disse que estava bem e complementei afirmando “divirta-se”.

Nisso o “homem aranha” vem para perto de mim, eu saio e vou para o outro lado do salão. Detalhe que nessa hora existiam apenas umas cinco pessoas. Três no ménage. Eu, o homem aranha e o chato do DJ.

Hora de ir embora. Eeeeeee. Chego e meu amigo está com um garoto, super bonito. O segundo que consegui achar bonito, e esse não tinha o sapato da minha mãe, ou seja, não era broxante.

Vamos caminhando até a parada de ônx. E somente lá, ele me diz que o garoto vai para casa dele. (aliás, está lá até agora).
Eu fico demasiadamente feliz pelas conquistas dos meus amigos, sabe.

Mas, meio que me senti um lixo. Porque eu sempre sirvo para ser somente o amigo. E, nunca o melhor amigo. Sou sempre aquela segunda opção. Estudo um monte, e sou o aluno nota nove. Ajudo todo mundo e? Somente sou lembrando em segundo caso.

É isso que me deixa chateado, sabe. Hoje, fui à praia, porque não queria ficar na internet. Choveu na praia, hehe. Ele me mandou várias mensagem, pedindo desculpas por ter me deixado por várias vezes sozinho, por ter me chamado de Melmam. Disse várias vezes que sou super engraçado para sair para festa, que adorou, que temos que marcar com mais frequência.

Eu sei que eu não nasci para o amor, já tentei esqueço diversas vezes. Mas, sempre acabo pensando nisso, e acho que sempre estou mentindo para mim mesmo. Afinal, a quem eu quero enganar? Isso está empregado nas nossas raízes. E, às vezes, eu realmente queria ter alguém para fazer rir no sentido “ainda mais bom” da coisa.

Eu sei que no fim de ano as pessoas ficam mais sentimentais e eu, talvez, esteja. Mas, me sinto frustrado, sabe. Já liguei o botão do “foda-se”. Mas, volta e meia me pego pensando no amor e fico de estomago embrulhado. Fim, eu vou me matar. Beijos e alimentem o meu gato.

Mentira, eu sempre sobrevivo. Beijos...

segunda-feira, 25 de março de 2013

Aos amigos de aluguel

Eu sempre me doei às amizades. Valorizando cada momento, situação, cada sorriso e choro de pranto.

Sempre com um ouvido atencioso para escutar as lamentações, as aflições contemporâneas e os gritos de vitória. Sempre com o cérebro e as mãos prestativas para solucionar desafios, propor novidades e realizar fatos que até eu tinha dificuldade, tudo isso com o intuito de ajudar.

Sempre com bom humor e sempre prestativo para os convites mais bizarros: Vamos a BH? Vamos à praia? À balada? Viajar? Ao churrasco? Ao bar? Ao Parque? Acampar? Caminhar? Ao cinema? Ao teatro? À PQP?

As respostas para as interrogações acima sempre foram: SIM!

Se for para te fazer sorrir pode contar comigo.

Eu não como carne, eu não curto praia, odeio empurra-empurra. Às vezes, eu somente queria dormir, mas vestia o meu melhor sorriso e corria para ver o teu sorrir. Vê-lo, sempre me injetava uma solução de ânimo, o elixir da minha vida.

Mas quando a reciprocidade não vem? Mas quando o distanciamento vem? E quando você percebe que és o amigo, digamos, segunda opção?

Complicado, não?

Eu sempre fui da filosofia de quem se afastou tem seus motivos. O problema surge quando não há valorização.  Do tipo:

Está solteiro (a): - Joel, vamos sair?
            Está namorando: Ouça Grilos da Malásia, Joel.
            Na balada: - Joel! Eu peguei vários (as). Você viu?
                               - Joel! Você sumiu e me deixou aqui sozinho. Que legal, né?

Apesar de eu não demostrar, sim, teu tenho sentimentos. E, sofro. E, me machuco. E padeço ainda mais quando tenho, eu, que me afastar. Fico em frangalhos em dizer NÃO. Mas, entenda que eu tenho que me resguardar. Sou apenas um menino frágil, fragilíssimo, que não recebeu o afeto que precisava quando criança. Sou aquele que tenta dar atenção a todos, pois, compreendo que a falta de zelo pode ocasionar amargura.
   
Porque você me chama quando quer, e eu sempre com um sorriso vou até lá. E, às vezes, isso cansa.

Eu posso não ser o melhor amigo, apesar de tentar sê-lo. Não quero bancar o moralista e jamais passou pela minha cabeça ser arrogante. Cada dia eu tento me moldar, mas, infelizmente, eu  jamais irei conseguir me vender.

terça-feira, 12 de março de 2013

A arrogância do Pônei maldito


Não, não é arrogante você ter o pônei da última geração. Arrogância é você chegar a uma roda de amigos e dizer: - Deixem seus pôneis de lado, pois, eu uso o MEU! Afinal, é melhor, além disso, eu fiz curso de montaria e sou quase um especialista. Sentem-se, fiquem à vontade e assistam ao show!

                Mas afinal, quais os fatores para determinar o que é melhor ou pior? Olha! Se meu pônei 2005 faz o que eu necessito, leva-me e me traz, sobe o morro da Lagoa sem rezingar, carrega meus amigos e minhas bagagens e não reclama etc... Por que irei querer um Pônei igual ao teu? Não, não estou sendo invejoso, medíocre, e, muito menos, arrogante.

                Não é insolência se eu não concordar. Não é ser medíocre se eu disser que odeio esse teu jeito de querer se autoafirmar mostrando suas tecnologias ultramodernas e blá-blá,blá...

                Todos nós, teu amigos, somos bons de uma maneira ou outra. E, talvez, eu nunca vá com a tua feição, pois, somos parecidos. Precisamos de afeto por não tê-lo de quem deveria nos proporcionar.

                Felizmente, o que nos difere é que eu faço as coisas por mim, pensando em mim. Já você, eu creio, prefere viver de aparência.

                Espero estar errado e que sejas eternamente feliz com teu pônei de última geração.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Coração em mosaico


Todo em fragmento, igual a aqueles desenhos ou decorações com peças planas de pedra, cerâmica, vidro, etc que juntos formam algo. Assim está meu figurado coração.

Talvez seja apenas alucinações de uma mente mal dormida, ou quem sabe, a esperança que ainda não se viu erguida.

Imagens em imaginação. Porque ele disse que eu era o bom amigo, que aprendeu comigo, mas o retrato que tiramos jamais foi visto por outros olhos. Porque à tarde de sábado que passamos juntos jamais foi divulgada ao mundo. Sinto-me em frangalhos, somente em imaginar que, eu possa ser aquela velha mania que todos têm e querem esconder por vergonha.

O problema maior surge quando, você entra no youtube e começa a escutar a música “One and only”, da Adele, e no vídeo ela diz: “Então, todos que estão aqui que estão apaixonados. Que estão apaixonados por um amigo e ainda não contaram... Digam logo, não percam tempo.” Assim como, o horóscopo do outro dia diz que a relação com um amigo pode transformar-se em amor... Sim, eis que surge o grande mártir. Pois, acho que os meus sentimentos por ele voltaram a ser de amor, no sentido carnal da palavra.

Como se não bastasse, o meu humor – o carro chefe da minha vida – vai para o Beleléu.   O serviço complica – muitos caciques para poucos índios. A família volta a se desestruturar – cobranças inequívocas surgem. Amigos da faculdade não retribuem os favores do qual eu me solidarizo a realizar – custava uma carona?

Eu não nasci para o amor, mas sigo querendo encontra-lo na esquina. Amo ajudar, mas vivo dando com a cara na porta quando busco retribuição.

Enfim, sou apenas um menino fraco em fantasia de rocha.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A música


Então você assiste a um filme lindo... Daqueles romances, água com açúcar, que mexem com você, porque nestes momentos de carência nada mais justo do que assistir a ficções que parecem vida real... Lá, apesar do drama, tudo acaba se transformando em um mar de rosas com água límpida e serena.

Como se não bastasse o momento e o bom filme, francês é claro, a trilha sonora é fantástica. Então você entra no Youtube e coloca a música tema dos pombinhos protagonistas, do trio nesse caso, e fica ouvindo incansavelmente no repete. Depois de umas três horas escutando a mesma melodia é normal que se apaixonemos pela cantora e a ânsia de descobrir novas canções na bela voz é inevitável.

Joga-se o nome da interprete e lá vêm as indicações do nosso amado e sempre prestativo Youtube. E adivinhem qual a primeira música que ele indica?

Como se fosse sacanagem, este escroto desse site entuba você com aquela canção, sim, justamente aquela música... Aquela que ele cantou para mim na tarde seguinte da nossa primeira e única noite de amor. E a extraordinária coisa que eu consigo esboçar é apenas um emoticon   :’(

Ok, eu não comecei a chorar até porque isso não faz o meu estilo, faço a linha fortinho e sem sentimos, aliás, eu sou assim mesmo. E, talvez, aquilo que ele fez há tempos, tenham sido como a letra da música diz: Paroles, paroles, paroles...


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Um pouco de tudo que sou


Por demasiadas vezes, fui taxado de arrogante, nariz empinado, esnobe, de pobre que não tem onde cair morto, mas que não perde a pose... dentre outras expressões clichês, ora declaradamente, ora por cochichos entre vizinhos e semi-conhecidos.

Acontece que tudo é questão de escolhas. Eu preferi estudar e passei em cinco vestibulares de instituições públicas, fora a particular. Resolvi estudar ainda mais e prestar diversos concursos públicos até que um dia passei e hoje sou servidor público estável e com um salário legal. A maioria das pessoas do meu convívio da adolescência preferiu ir a baladas, ter filhos e reclamar da vida.

Se eu conheço todos os museus, teatros e centros de exposições de arte de Florianópolis (sim, eu conheço todos), foi desígnio meu. Isso não é arrogância, não é querer ser chique, não é querer ser rico, não é querer ser metido a intelectual, não é ser Gay. É apenas uma opção, uma alternativa que resolvi fazer por mim.

Se ando com o mesmo All Star o ano todo, com roupas sem etiquetas, com os cabelos esvoaçado e pego ônibus... É simplesmente questão de ESCOLHA, não arrogância ou qualquer outro adjetivo fútil.


Não sou e nem quero ser melhor do que você. Quero apenas que você tenha propósitos positivos.

Indico o seguinte texto: A arrogância segundo os medíocres.





terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Terapia do amanhecer


Carente eu sou desde o nascimento.

E ele faz terapia para ajudar com os relacionamentos.

Mal sabe ele que o amor que procura já o encontrou.

Mal sabe ele que o amor vem ao inverso. Nunca da forma que desenhamos em sonhos de noites de inverno.

Pobre doce menino. Carente sonhador.

E os questionamentos surgem... Por que e por quê?

Não importa se é no início ou no final. Sempre existirão os porquês.

Mas, por quê?

Eu não sei dizer. É tão difícil compreender.

Dizem que acontece com todo mundo. Se assim fosse, a resposta já deveria ser senso comum. Mas, não é...

Chega de porquês!

Hora de dormir e esperar o amanhecer responder.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A paixão adolescente na fase adulta


Não, não se trata do amor platônico da infância que ressurgiu das cinzas para a felicidade da nação.
O título em questão refere-se do simples fato de eu estar com os mesmos sintomas e atitudes de uma criança de doze anos em relação a alguém. E, sim, isso é um porre.
Acontece que, dias desses estava eu bem aqui, na frente desse computador no qual, agora, escrevo, com a mesma xícara de café com desenho de boneco de neve (comprei na Serra do Rio do Rastro – SC) na mão. E, eis que surge aquele barulhinho irritante pedindo atenção, eu sem muita paciência acabei sendo cortês. Troca de números de telefone, ligações, conversas, conversas e conversas... E?
E, agora, estou eu aqui, com as mesmas aflições, repito, de uma criança boba de doze anos, enviando 100 mensagens de texto e no aguardo de um retorno. Com o coraçãozinho apertado esperando por atenção e pelo retorno das ligações. E o mais engraçado é que eu acho isso tudo muito babaca, e o pior: outrem está me mandando mensagens querendo atenção e eu esnobando.
Seres humanos. Incluo-me nesse nicho, é claro, somos muito complicados e eu deveria, ao menos, entender-me. Mas, a tarefa não é assim tão fácil. Queremos o que achamos melhor para nós ou precisamos ter o que falar para os outros?
É! Ainda não sei... Só sei que realmente é complicado e chato. Ficar com pensamentos infantis na cabeça enquanto eu deveria estar escrevendo um livro. Eu nasci para o cômico, não para o drama. E, assim, são os meus relacionamentos – uma verdadeira dramática-romântica (novo estilo cinematográfico que irei lançar e patentear).  São amores de verão, de um dia, de Carnaval, de cinema, de balada, de olhares no ônibus, de livro de assinaturas da exposição entre outros). Histórias não me faltam.
Falta-me, talvez, coração.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Plagiando a Kelly Key


Ok, ok... A vida é injusta para quem não sabe esperar.
Mas como é que alguém vai adivinhar que aquela criatura que aparentava ter 12 anos, com cabelo lambido à moda Emo, com “caquinha” no nariz e nome de desenho infantil feminino acabaria se tornando um verdadeiro “Deus grego” anos mais tarde. Como assim destino? Como assim? Por que eu fui ignorar na época? Por quê? ...
Acho que hoje eu deveria ter direito a pontinhos extras por tê-lo descoberto antes do bom gosto dele para roupas, das tatuagens e da barba. Ai, ai, ai (são suspiros e não gritos de dores – somente para deixar claro)...  Porque ficar, atualmente, salivando igual recém-nascido é cruel.
Ah tah, vou começar a explicar! Eu acho que devo ter conhecido a pessoa lá por 2006, na efervescência do Sr. Orkut e do Primo pobre MSN. Depois de alguns furos fomos ao Shopping (programinha de adolescente virgem, ok, eu sei), conversamos por horas. Outro encontro foi na balada. Ok! Era uma das primeiras vezes que eu ia à balada e achava tudo muito chato, isso porque eu não conhecia a minha verdadeira paixão (outra hora eu conto quem é), então eu ficava lá olhando as pessoas se balançando e sempre que alguém se aproximava de mim eu baixava a cabeça para não ser reconhecido ou com medo de ser estuprado. Enquanto isso, ele lá no canto olhando para mim, eu olhando para tudo com vontade de ir para casa dormir.
Eu ainda continuo sendo tapado, não sei decifrar códigos e olhares. Se tu queres algo comigo, por favor, chegue para mim e diga. Eu, provavelmente, vou dar um passo para trás, olhar com cara de espanto no rosto e dizer: - SIM. Aliás, eu digo sim para tudo (menos para empréstimos de dinheiro e pedidos de casamento).
Posteriormente, para ser mais exato em 2013, lá vou eu novamente à balada, dessa vez com a paixão descoberta, mas ela não estava presente nesse dia. Estava eu lá, super uhull, dançando igual a bambu em dia de ventania, subindo nos queijinhos (espécie de bancada em que as pessoas – enlouquecidas – sobem para dançar), rindo, rindo e rindo quando avisto a criatura... De que mar tu vieste Possêidon??? Possua-me com teu tridente.
Tarde demais, alguém já havia pescado o Deus dos mares... Restava-me secar as lágrimas e a tequila. Ainda bem... TE-QUI-LA!
Agora me resta ouvir no  repeats aquela velha e chata musiquinha...

Baby, baba, olha o que perdeu
Baba, a criança cresceu
Bom, bem feito pra você, é
Agora eu sou mais eu
Isso é pra você aprender
A nunca mais me esnobar
Baba baby, baby baba, baba
(Key, Kelly – 2000)

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

2012

Uma coisa é certa, eu não posso reclamar de 2012. Até mesmo porque se eu fizesse eu seria um verdadeiro escroto.

Comecei com emprego novo, no ritmo do último ano da graduação e com verdadeiros amigos feitos.
Janeiro foi de descanso, de conhecer um alguém novo e de olhar o Carnaval mais de perto. Fevereiro foi o início do novo emprego. Ah o medo no novo serviço – o tão sonhado cargo público. Um dos melhores acontecimentos do findado ano. Graças a VISA conheci muitas pessoas legais, inteligentes, divertidas. Com eles pude aprender, rir, fazer festa e desabafar.

O ano de 2012 foi corrido. Tive viajar, produzir um TCC, estudar, aprender a nova função. Afastei-me um pouco dos velhos e bons amigos, mas o fato de vê-los na apresentação do meu TCC foi gratificante demais.

Esse pequeno texto é para exaltar os pontos positivos, que foram muitos, no ano que terminou. Os negativos foram, felizmente, pouquíssimos... O nove no TCC, a loucura insalubre de alguns que me cercaram, as fofocas sem motivos, a má reciprocidade de uns. Os negativos ficam em 2012.

Terminei o ano com novos amigos, com a graduação concluída, com a aprovação no IF-SC.
Não quero fazer planos para 2013. Quero deixar que o ano siga o fluxo natural. E que eu haja naturalmente.