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terça-feira, 23 de julho de 2013

M’bya Guarani

     Ocas, sem roupas, cachimbo da paz às mãos, rostos pintados, ao redor da fogueira a dança que pede chuva. Talvez, esses sejam os atributos que muitos relacionam aos indígenas. Talvez, a mesma visão, que os colonizadores tinham há séculos ainda permeie na contemporaneidade. Deixa-se de ser índio ao usar celular e vestir roupas? Se for à universidade e comprar alimentos em supermercados? Com certeza, não. Índios são aqueles que mantêm a cultura indígena viva, que mantem as tradições repassadas de geração a geração. Que vivem em harmonia com os ensinamentos que acreditam.
                
     Mas, como relacionar uma aldeia indígena com o objetivo proposto – o patrimônio cultural? A resposta não é tão simples, mas ao mesmo tempo, em partes, foi respondida. A conservação da cultura. Esta permanência cultural é o maior patrimônio que uma sociedade/grupo pode ter, no caso, a Guarani.

     As práticas que exercem, seja na educação ou medicina, os locais de culto e adoração, a floresta e a preservação dos costumes, o artesanato e o saber-fazer. A sociedade que se reconhece e não tem vergonha de manter as tradições. E, principalmente, a preservação do meio, da Garapuvu, das técnicas e ensinamentos. Esses pontos é o que liga a aldeia ao conceito de patrimônio cultural que convencionamos na atualidade.

     Em conclusão, os indígenas da aldeia M’bya Guarani utilizam roupas, utensílios e demais objetos do “homem branco”, isso porque, eles não são primitivos, são indígenas inseridos na realidade contemporânea dos ditos homens brancos, afinal, quem nos dias de hoje aceitaria os Guarani caminhando nus pelo centro da cidade? Seria um choque, principalmente aos mais “preservadores dos bons costumes”. Enfim, de uma maneira peculiar, os indígenas da aldeia são patrimônio cultural.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Ciúmes

É tão triste ver as amizades terminarem por ciúmes. Sentimento esse, gerado por motivos diversos, em ambientes diferentes. Seja no grupo familiar, escolar ou do trabalho. Creio que esses três lugares são aonde frequentemente o ciúme chega com maior vigor.

Talvez seja nato, pois, é normal sentir ciúmes do irmão mais novo. Ciúmes do novato que chegou ontem ao serviço e já é bem visto pelo patrão. Ciúmes do garoto que chega todos os dias atrasado na aula e somente tira dez nas avaliações.

E quando esse ciúme se transforma em algo perverso? Não que o sentimento seja uns dos melhores, mas, quando brando não faz mal a ninguém, o problema realmente começa quando o sentimento de rancor é fortalecido e motivado pelo dito ciúme.

As brigas de irmãos, no qual a culpa recai sobre o mais novo. As fofocas ao patrão do novato que chegou milésimos de segundo atrasado, que precisou sair mais cedo para um compromisso inadiável, que faltou uma única vez por problemas sérios de saúde. O olhar de ira ao colega que foi chamado para um projeto de pesquisa pelo melhor professor da faculdade.

O que era motivo de risos outrora, agora é razão para cochichos. As confidências tornam-se segredos. O precioso carinho virou ódio. A gentileza do bom dia passou ao desrespeito.

Sendo a amargura do enciumado o fluído para sua vida. Quem perde?


Infelizmente, todos os envolvidos.