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terça-feira, 1 de maio de 2012

Não importa

As pessoas me decepcionam mais do que o tamanho do lanche do Mc Donald’s.


Sim, elas tendem a fazer isso. Talvez porque eu espero muito delas. Talvez, porque eu me doe muito para elas.



Não importa se eu acordei às 5h45min do dia mais frio, até o momento, do ano. E mesmo não querendo, levantei e fui trabalhar. Ok, chegar atrasado é uma dádiva minha e quem corrobora para isso são as empresas de transporte coletivo dessa Capital.

Não importa se o meu cabelo é escroto e nossa antipatia aumenta com o crescer dele. Não importa se eu abri o guarda-roupa e peguei as primeiras peças, joguei-me nelas e fui à luta. Afinal, alguém precisa ir.

Não importa se no campo de batalhas, em que ganho meu pão diário, as pessoas são agressivas e bipolares. Afinal, são muitos caciques para poucos índios.

Não importa se chovia, fazia frio e o meu cabelo tinha piorado com o clima. Afinal, os amigos são para isso: dizem que suas madeixas são lindas e que eu deveria deixar crescer mais. São aqueles que de uma forma simples te tiram de casa, ou do trabalho, para uma noite bizarra, engraçada e sem rumo definido. Afinal, as melhores coisas da vida acontecem ao acaso.

Não importa se eu tentei de cativar ao máximo. Não importa se eu lembro a data do teu aniversário. Afinal, o melhor é esnobar,mostrar-se por oito vezes e nem mesmo acenar. Afinal, as pessoas não gostam das boas pessoas. É mais fácil se lamentar da carência e do tédio.

Não importa a quantidade de líquidos impróprios para menores de 18 anos que ingeri. Não importa a quantidade de palavras tolas e sem noção que disparei feito uma metralhadora em mãos inaptas. Não importa o cabelo, as pessoas, as roupas, o dinheiro gasto em uma noite. Não importa a quantidade de gente beijada, a vontade de beijá-las, nem a camiseta emprestada. Afinal, são os novos amigos, aqueles de apenas uma noite, que nos fazem ter histórias para contar.

Não importa se para voltar para casa eu dormi e acordei onde não deveria. Não importa a ressaca e a labirintite do dia seguinte, ou do mesmo (como queiras equalizar). Afinal, são das histórias contemporâneas que se fazem as histórias dos livros de escola.

Não importa se teu presente – e não falo do tempo atual – ainda te aguarda. Não importa se ele é sem intenção alguma.  Afinal, talvez esse seja o problema, ele vem sem intenções.

Não importa as minhas palavras. Talvez, nada importe. Porque somos movidos pela ganância própria. Giramos em torno dos nossos umbigos. Somos infelizes por escolha própria. Somos a definição exemplar de egocentrismo. Afinal, jogar a culpa no mundo é mais fácil do que perceber os bons fluídos que o acaso te dá. 




A imagem acima é do google imagens.