Conhecida por todos os moradores da ilha, dos mais novos aos idosos, também lembrada por aqueles que só vieram visitar a dita “Ilha da Magia”. Os visitantes em forma supersticiosa dão três voltinhas ao redor dela, isso para que possam assim, retornar à capital Catarinense.
Sua data de nascimento é imprecisa, pesquisadores dizem que é o ano de 1871, porém, vive em seu habitual endereço, a Praça XV de novembro, desde 1891. A partir de então alegra e encanta todos aqueles que passam por ela.
Seu nome científico é Fícus Carica, porém, e conhecida popularmente como Figueira, e carinhosamente chamada de centenária.
Com seus longos braços cansados, hoje, sustentados por hastes de metal, ela faz uma adorável sombra para os amantes da boa leitura, os jogadores de cartas e dominó e até mesmo para aqueles que estão matando o tempo antes de seus afazeres tradicionais.
A sensação de tranqüilidade que a centenária Figueira transmite, em meio ao caos de uma cidade grande, já foi utilizada para complementar poemas, sambas enredo e até mesmo o chamado hino de Florianópolis, a canção “Rancho de Amor à Ilha”, que em belas palavras cita: “ilha da velha Figueira, onde em tarde fagueira vou ler meu jornal”.
Não é jornal, mas sim, um livro que a estudante de direito, Lucélia dos Santos Inácio, lê em um dos bancos da tradicional Praça XV, para ela a paz das sombras da Figueira é inspiração para o entendimento das leis que a estudante tenta decorar para a prova que se aproxima.
Sentada sem pressa, a auxiliar administrativa, Viviane Aparecida Viera, diz que o verdadeiro cartão postal da ilha é a nossa Figueira, Viviane mora apenas cinco anos na capital dos catarinenses e sempre que pode se rende aos encantos da velha centenária e pára para admirar sua beleza.
Não importa quem, quando e por que, mas, com seu doce balanço ela encanta e seduz quem a conhece. Essa é a gigante Figueira centenária da Praça XV de novembro.