Sim, elas tendem a fazer isso. Talvez porque eu espero muito delas. Talvez, porque eu me doe muito para elas.
Não importa se eu acordei às 5h45min do dia mais frio, até o momento, do ano. E mesmo não querendo, levantei e fui trabalhar. Ok, chegar atrasado é uma dádiva minha e quem corrobora para isso são as empresas de transporte coletivo dessa Capital.
Não importa se o meu cabelo é
escroto e nossa antipatia aumenta com o crescer dele. Não importa se eu abri o
guarda-roupa e peguei as primeiras peças, joguei-me nelas e fui à luta. Afinal,
alguém precisa ir.
Não importa se no campo de
batalhas, em que ganho meu pão diário, as pessoas são agressivas e bipolares.
Afinal, são muitos caciques para poucos índios.
Não importa se chovia, fazia frio
e o meu cabelo tinha piorado com o clima. Afinal, os amigos são para isso: dizem
que suas madeixas são lindas e que eu deveria deixar crescer mais. São aqueles
que de uma forma simples te tiram de casa, ou do trabalho, para uma noite
bizarra, engraçada e sem rumo definido. Afinal, as melhores coisas da vida acontecem ao
acaso.
Não importa se eu tentei de
cativar ao máximo. Não importa se eu lembro a data do teu aniversário. Afinal,
o melhor é esnobar,mostrar-se por oito vezes e nem mesmo acenar. Afinal, as
pessoas não gostam das boas pessoas. É mais fácil se lamentar da carência e do
tédio.
Não importa a quantidade de
líquidos impróprios para menores de 18 anos que ingeri. Não importa a
quantidade de palavras tolas e sem noção que disparei feito uma metralhadora em
mãos inaptas. Não importa o cabelo, as pessoas, as roupas, o dinheiro gasto em
uma noite. Não importa a quantidade de gente beijada, a vontade de beijá-las,
nem a camiseta emprestada. Afinal, são os novos amigos, aqueles de apenas uma noite,
que nos fazem ter histórias para contar.
Não importa se para voltar para
casa eu dormi e acordei onde não deveria. Não importa a ressaca e a labirintite
do dia seguinte, ou do mesmo (como queiras equalizar). Afinal, são das
histórias contemporâneas que se fazem as histórias dos livros de escola.
Não importa se teu presente – e não
falo do tempo atual – ainda te aguarda. Não importa se ele é sem intenção
alguma. Afinal, talvez esse seja o
problema, ele vem sem intenções.
Não importa as minhas palavras.
Talvez, nada importe. Porque somos movidos pela ganância própria. Giramos em
torno dos nossos umbigos. Somos infelizes por escolha própria. Somos a definição exemplar de egocentrismo. Afinal, jogar a
culpa no mundo é mais fácil do que perceber os bons fluídos que o acaso te dá.
A imagem acima é do google imagens.
A imagem acima é do google imagens.