OK! Então você
imagina que ainda, neste mundinho injusto, possa existir alguém que não ligue
para aparências, afinal elas enganam. Crê que se o conhecimento vier antes, as
coisas irão ser diferentes... Pura besteira, as coisas serão iguais, iguaizinhas...
Pode acreditar!
Mas, dessa
vez, com um adendo: à la Pepe le gambá. Acho que a imagem ajudará a explicar.
A gente se conheceu via rede social – cá entre nós, acho que a maioria dos meus relacionamentos aconteceram assim – e o papo fluiu naturalmente. Diversos pontos em comum, gostos parecidos etc. Eu, como sempre, sentimental e apegado – é o ascendente fazendo efeito – ainda mais neste ano em que as coisas não estão sendo fáceis.
Como sempre o
dia do encontro, ele chegou cedo porque não estava acostumado com a cidade, eu –
por incrível que pareça – cheguei no horário combinado. Vi ele, e achei
estranho, pois ele estava se preparando, mas, ao mesmo tempo, pensei “como é
bonito o garoto”! A voz, das mensagens de áudio, era idêntica – fofa. O jeito
elegante de se vestir era encantador. Apresentei o centro histórico da cidade,
após o café.
Balada,
reencontro para caminhar... Ele nunca demostrou nenhum sentimento de afeto. Eu
mudei a rotina para poder me enquadrar na dele. Apresentei meu bairro, tomamos
café na cafeteria que sempre quis ir – mas sempre tive preguiça. Por fim,
percebi que tenho uma personalidade exótica – palavras ditas por ele, cujo
significado não quis questionar. A velha é típica frase “o problema não é você,
sou eu”, veio contemporânea: “Eu sou complicadinho”! Respondi que não estava
chateado – apesar de estar – e de que somos todos complicados.
Por fim, creio
que eu seja o Tapuru (expressão utilizada por ele para designar pessoa feia – é
aquela larvinha da mosca) da vez. Creio que mudanças tenham que acontecer. Mas,
de uma coisa eu tenho certeza: para mim, chega.