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segunda-feira, 25 de março de 2013

Aos amigos de aluguel

Eu sempre me doei às amizades. Valorizando cada momento, situação, cada sorriso e choro de pranto.

Sempre com um ouvido atencioso para escutar as lamentações, as aflições contemporâneas e os gritos de vitória. Sempre com o cérebro e as mãos prestativas para solucionar desafios, propor novidades e realizar fatos que até eu tinha dificuldade, tudo isso com o intuito de ajudar.

Sempre com bom humor e sempre prestativo para os convites mais bizarros: Vamos a BH? Vamos à praia? À balada? Viajar? Ao churrasco? Ao bar? Ao Parque? Acampar? Caminhar? Ao cinema? Ao teatro? À PQP?

As respostas para as interrogações acima sempre foram: SIM!

Se for para te fazer sorrir pode contar comigo.

Eu não como carne, eu não curto praia, odeio empurra-empurra. Às vezes, eu somente queria dormir, mas vestia o meu melhor sorriso e corria para ver o teu sorrir. Vê-lo, sempre me injetava uma solução de ânimo, o elixir da minha vida.

Mas quando a reciprocidade não vem? Mas quando o distanciamento vem? E quando você percebe que és o amigo, digamos, segunda opção?

Complicado, não?

Eu sempre fui da filosofia de quem se afastou tem seus motivos. O problema surge quando não há valorização.  Do tipo:

Está solteiro (a): - Joel, vamos sair?
            Está namorando: Ouça Grilos da Malásia, Joel.
            Na balada: - Joel! Eu peguei vários (as). Você viu?
                               - Joel! Você sumiu e me deixou aqui sozinho. Que legal, né?

Apesar de eu não demostrar, sim, teu tenho sentimentos. E, sofro. E, me machuco. E padeço ainda mais quando tenho, eu, que me afastar. Fico em frangalhos em dizer NÃO. Mas, entenda que eu tenho que me resguardar. Sou apenas um menino frágil, fragilíssimo, que não recebeu o afeto que precisava quando criança. Sou aquele que tenta dar atenção a todos, pois, compreendo que a falta de zelo pode ocasionar amargura.
   
Porque você me chama quando quer, e eu sempre com um sorriso vou até lá. E, às vezes, isso cansa.

Eu posso não ser o melhor amigo, apesar de tentar sê-lo. Não quero bancar o moralista e jamais passou pela minha cabeça ser arrogante. Cada dia eu tento me moldar, mas, infelizmente, eu  jamais irei conseguir me vender.

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