Eu sempre me doei às amizades. Valorizando cada
momento, situação, cada sorriso e choro de pranto.
Sempre com um ouvido atencioso para escutar as
lamentações, as aflições contemporâneas e os gritos de vitória. Sempre com o
cérebro e as mãos prestativas para solucionar desafios, propor novidades e
realizar fatos que até eu tinha dificuldade, tudo isso com o intuito de ajudar.
Sempre com bom humor e sempre prestativo para os
convites mais bizarros: Vamos a BH? Vamos à praia? À balada? Viajar? Ao
churrasco? Ao bar? Ao Parque? Acampar? Caminhar? Ao cinema? Ao teatro? À PQP?
As respostas para as interrogações acima sempre
foram: SIM!
Se for para te fazer sorrir pode contar comigo.
Eu não como carne, eu não curto praia, odeio
empurra-empurra. Às vezes, eu somente queria dormir, mas vestia o meu melhor
sorriso e corria para ver o teu sorrir. Vê-lo, sempre me injetava uma solução
de ânimo, o elixir da minha vida.
Mas quando a reciprocidade não vem? Mas quando o
distanciamento vem? E quando você percebe que és o amigo, digamos, segunda
opção?
Complicado, não?
Eu sempre fui da filosofia de quem se afastou tem
seus motivos. O problema surge quando não há valorização. Do tipo:
Está solteiro (a): - Joel, vamos sair?
Está namorando: Ouça Grilos
da Malásia, Joel.
Na balada: - Joel! Eu
peguei vários (as). Você viu?
- Joel! Você sumiu e me deixou aqui
sozinho. Que legal, né?
Apesar de eu não demostrar, sim, teu tenho
sentimentos. E, sofro. E, me machuco. E padeço ainda mais quando tenho, eu, que
me afastar. Fico em frangalhos em dizer NÃO. Mas, entenda que eu tenho que me
resguardar. Sou apenas um menino frágil, fragilíssimo, que não recebeu o afeto
que precisava quando criança. Sou aquele que tenta dar atenção a todos, pois,
compreendo que a falta de zelo pode ocasionar amargura.
Porque você me chama quando quer, e eu sempre com
um sorriso vou até lá. E, às vezes, isso cansa.
Eu posso não ser o melhor amigo, apesar de tentar sê-lo.
Não quero bancar o moralista e jamais passou pela minha cabeça ser arrogante.
Cada dia eu tento me moldar, mas, infelizmente, eu jamais irei
conseguir me vender.
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