Eu nunca fui uma pessoa 100% alegre. Apesar de eu ser
conhecido por essa característica. Apenas aprendi a me moldar. Resolvi aceitar
a música e realmente descobri “que é melhor ser alegre do que triste”.
Entretanto, neste ano de 2014, as coisas não estão sendo
tranquilas. Já se passaram quatro meses completos e eu posso contar nos dedos a
quantidade de dias em que realmente eu me senti bem.
Às vezes, eu me sinto ridículo em estar assim, afinal, já
realizei a maioria dos sonhos que tinha em mente quando era mais novo.
Faculdade, emprego público, amigos verdadeiros, viagens etc. Porém, realmente
há um fator que ainda não consegui realizar, mas que não depende de mim.
Esse está relacionado ao afeto. Por vezes, eu ouço o
discurso moralista de que as pessoas buscam pessoas além do padrão de beleza
hollywoodiana que a mídia impõe. Dizem que caráter, bom-humor, honestidade e
inteligência são os fatores primordiais para um relacionamento. BESTEIRA!!!
Nas relações sociais em que vivemos hoje, os relacionamentos
se transformam em meras convenções sociais, no qual, se namora para mostrar ao
próximo o quanto sou bom e o quanto estou bem e feliz. E nisso, os verdadeiros
sentimentos se perdem. Ora! Se for para mostrar, tem-se que elevar o padrão estético
e o fenótipo do ser. E quem “dança”? Claro, que eu, Pois, nunca tive e nem
quero ter o rosto e o corpo de protagonistas de TV.
Em meio a isso, vem a frustração de saber que, apesar de haver
pessoas nessa mesma situação, elas preferem sofrer a se arriscar em serem
felizes. Talvez, eu seja uma delas, em saber que a
minha beleza atrai pessoas mais velhas, de elas correrem atrás de mim e eu correr
delas. Um eterno fogo cruzado de maratonistas.
Bem, vou volta a escrever, pois assim, talvez a angustia que
me cerca, sai correndo de vez...