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quarta-feira, 16 de março de 2016

Termo de Posse

Sobre a atual conjuntura política: faço um paralelo com os relacionamentos afetivos contemporâneos.

De início tudo é maravilhoso. Beijos para cá, elogios para lá. É perfeição total...  vida eterna, fotos no Instagram, textão no Facebook, tudo que nunca antes na história deste País foi visto. Todos os benefícios em proveito próprio.  

Com a passar do tempo, muitas vezes, o desgaste vai chegando. Talvez seja somente a dura e verdadeira percepção real vindo à tona, ou não, sei lá. Acontece que, quando as coisas começam a caminhar por uma determina via a qual nós não concordamos, tendamos a sobrecarregar negativamente a situação.

E tudo aquilo que era lindo, torna-se ódio.

- Vou ter que deixar meu primeiro carro Zero Km na garagem porque a gasolina aumentou.

Maldito seja esse ParTido.

- Este ano não poderei ir a Nova Iorque comprar Mac e Victoria’s Secrets porque o dólar está nas alturas.

Maldito seja esse ParTido..

- Olha lá quem chegou na festa?!? Meu ex... vamos embora!

Maldito seja (complete aqui com o nome do ex. Se tiver P, S, D, B melhor, não necessariamente nesta ordem).

Louco, não! Pois, é. Tudo aquilo que foi positivo fica para trás. Vive-se o momento e as consequências dos atos emanados no presente não são pensadas. As confidências e os carinhos; os carros zero quilometro e as inúmeras vagas nas universidades; os beijos, abraços e sexo; o iogurte e a carne todo dia; o cinema de mãos dadas e as fotinhas montadas. Tudo cai dentro de um buraco negro que repele raiva. Não se analisa o contexto, se expurga a ira, tudo se torna reprodução. De um lado x amigx fofoqueirx do outro a mídia golpista.

Somos todos Fantoches da vida real e isso é um perigo mortal.

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