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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Sobre sonhos, vontades, desejos e... bom deixa para lá

Sempre sonhei com alguém que chegasse do nada e mudasse a minha vida.

Sempre tive vontade de mudar a vida de alguém.

Sempre desejei que alguém, bem no meio daquela aula chata, viesse em minha direção e roubasse a atenção do coletivo com um beijo imerso em paixão.

Sempre sonhei que, de repente, no meio da rua, alguém me parasse, perguntasse o meu nome e dissesse que eu era quem ele sempre sonhará.

Sempre tive vontade de viver uma linda história de amor no verão.

Sempre desejei que, ao ler o meu livro preferido no parque, alguém especial me observasse e quando eu levantasse a cabeça ele estaria lá, em pé, convidando-me a viver as palavras que até agora eu estava a imaginar.

Sempre sonhei em acordar numa mansão, não lembrar da noite anterior, mas ao tentar ir embora encontrar nas escadas o grande amor.

Sempre sonhei em receber minhas flores preferidas, no dia do meu aniversário. Junto a elas um cartão anônimo cuja letra eu reconheceria.

Sempre desejei um dia me encontrar.

Sempre tive vontade de mudar, de me mudar.

Sempre sonhei em tirar o pé o do chão, de me libertar do frio de mão e voar.

Sempre tive vontade de nunca mais me preocupar.

Sempre tive vontade de entender o teu olhar. Como eu queria poder te falar.

Sempre sonhei com contos de fada. Mas, sem cavalo branco e finais previsíveis.

Sempre tive vontade de viajar pelos quatro quantos de um mundo redondo.

Sempre desejei um governo para todos.

Sempre sonhei em ganhar um milhão. Sempre desejei gastar um milhão.

Sempre sonhei em nunca mentir. Sempre desejei falar somente a verdade. Sempre tive vontade de nunca mais chorar pela sua morte.

Sempre desejei que alguém parasse e me perguntasse: - Mas, Joel. Você faria tudo isso que acabaste de escrever?

E eu responderia: - Bom! É melhor deixar para lá.

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